4 de janeiro de 2009


Num único grito de loucura, Rita apoderou-se da realidade circular da sua vida.

Caíram certezas até então válidas, caíram preconceitos e generalizações, caiu Rita como até àquele momento se queria crer.

Caiu tão certa quando ouviu aquele grito do coração denunciando que nem tudo estava ganho ou perdido, e aquele órgão mantinha razões para bater numa irracionalidade constante.

Demolida a edificação, Rita tinha de esperar pela reconstrução de uma vida, em que tinha agora de incorporar a circularidade da mesma e que, apesar de tudo, ainda se encontrava à procura.


(J. Pollock)

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