12 de fevereiro de 2010


Na verdade, és feliz, tu é que não sabes. Uma vez por outra lá se encontra um atrevido que, embuído de um qualquer rasgo de cigano de feira, acha que nos pode ler no primeiro suspiro. No primeiro instante, Rita ficava chocada por dentro, e expressava um sorriso por fora. Depois, a relação desequilibriva-se: toda ela risos com o atrevimento do pobre. Era vê-la a contar ao José. E disse-me isto passado dois!, dois minutos depois de nos termos conhecido, não é delicioso?
Coitado.
Coitado?! Que se meta na sua vida, que não lhe pedi nenhuma opinião!

8 de fevereiro de 2010


Há uma casa azul, onde tudo se passa. Fica para lá de um rio que já pouco corre, mas que sempre se agita em noites de inverno. Fica perto de um igreja de sinos atrevidos, que tocam desconcertados, ao sabor do vento caprichoso.
É nessa casa que nascem as melhores histórias, memórias recontadas com brilho, que aquecerão corações mesmo quando a lareira deixar de ter fogo. Uma casa com apenas três janelas, em que as madeiras ouvem o choro e o riso de quem se ama, de quem de desencontra com a vida e faz tudo para se reatar; onde a música se ouve mais alto e o fogo é sempre mais quente.
Um dia, ganho coragem e pedirei para lá entrar.

(chagall)