28 de julho de 2005


A minha cadeira,
O teu pássaro de papel
e a porta que os separa.


Diana Correia

26 de julho de 2005

Poema

Que vazio imenso
Por ter tanta coisa cá dentro
Que não consigo dizer.
Eu, ser insignificante
Que o mundo sabe reduzir tão bem.
Que desejo inoportuno e impaciente
De ter 1/10 de ¼ de talento,
De o saber dizer a alguém.


Diana Correia

(e não Diana Rodrigues, Helder!)

25 de julho de 2005

O que pensei depois do que o Heldinho disse

Mas não serão essas perdas no final um ganho? Não será necessário dar alguns passos atraz para dar muitos prá frente? E atendendo a isso não serão afinal ganhos que se apenas se apresentam sobre outra capa?
(são só mais algumas achegas para continuar as ideias, porque tava a gostar do início)
E como geralmente não consigo desenvolver tais ideias resta-me o consolo das palavras:
"O Homem é um ser inteligente, sem dúvida, mas não tanto como por vezes é necessário".
Saramago (agora já não me lembro onde li mas é dele) fica a esperança de continuar a crescer para um dia ser capaz de desencadear por mim estas divagações.

Couto

20 de julho de 2005

Ninguém diga que não venho cá!

Ninguém diga que não passo por aqui. É pura mentira. Todos os dias, ao ver o meu mail, dou um pulo a este blog e lá vou vendo o mesmo. A inércia nestes tempos nem sequer força o meu andar. Mas adorei a provocação do crescer.
Sabem? Agora ando entretido com esta ideia. Crescer é deixar morrer, deixar partir e viver com essa perda.
Se crescer é, regra geral, garante da almejada maior maturidade e segurança, não é de todo um processo inóquo. Pelo contrário, aliado às múltiplas oportinidades, implica perdas que nos deixam sofridos.
Perdemo-nos irrecuperavelmente. E a masturbação mental poderia continuar. Deixo-a incompleta, para depois.
Voltarei para reconstruir estas ideias.
um abraço!
helder filipe

7 de julho de 2005

Dores de parto

Questão de género? Nem por isso... As dores de parto são achaque de muitos homens... de demasiados. Nos quais penosamente me incluo... As dores de parto são somente dores de crescimento, onde somos obrigados a abandonar úteros aconchegantes, forçados que nos vemos a desbravar desconhecido. Reserve-nos o futuro a fama ou o infortúnio somos arrancados aos úteros maternos. Crescer dói. Crescer magoa sobretudo quem não queria.
Inerente à humana condição, não deixa de lesionar. "Forçoso que nos habituemos!" - dizem os Resignados. "Tontos" - diria o Tomás, feto por nascer, que não quer mudar!
Crescer dói.

;( S.Chacim