19 de agosto de 2008


E depois veio um sorriso que a prendeu, como um daqueles mimosos e atrevidos de uma criança qualquer que não receia sê-lo.

Ana retribui, e, sabes, contava ela a Paulo, eu que até nem tenho muito jeito para esta coisa de sorrisos, sorri mesmo! Como se tivesse significado...

E teve-o. Não o quis admitir a Paulo, sempre tão avesso a deixar-se prender pelos estranhos, mas estava consciente do poder daquele sorriso.

Talvez este nem fosse suficiente ou talvez Ana não seja a mesma, mas já tinha visto antes sorrisos daqueles e sabia bem por que caminhos eram capazes de a conduzir. De qualquer modo, por agora, Ana esforçava-se arduamente por conservar a sensatez e para que este fosse apenas um sorriso lindo.

(barbara kruger)

Nenhum comentário: