11 de maio de 2007

Tédio. Falou-me do tédio. Acho que está contente em ter encontrado uma palavra longe da tristeza e, sobretudo, longe do banal, que lhe confere a excêntrica posição que procura. Se tivesse de definir a minha vida numa só palavra, escolheria o tédio. Repetiu a frase vezes sem conta, talvez umas três ou quatro para me aproximar com exactidão. Não pude deixar de sorrir, mas pouco mais fiz, mesmo muito pouco, especialmente quando me recordo que fui eu quem lhe perguntou sobre a vida.

Estranho. Estranho foi ter respondido. Esperava uma simples repetição da cortesia e obtive mais; possivelmente pela novidade da resposta, deixei um sorriso. Um simples esforço muscular, que tentava dissipar o peso daquela afirmação e me alhear de uma resposta à altura.

Ironia. Ironia foi dizer ele aquilo que só eu sinto.

hf

2 comentários:

Anônimo disse...

da mais difusa nebulina de pensamento (o meu fígado é que não gosta nada disto), fica uma manifestação de inveja! (eheh) consegues ser realmente cru nisto, de tal modo que se consegue ler e sentir aquilo que transmites de forma muito intensa!

provavelmente já se entendeu mas gostei muito, mais uma vez!

Anônimo disse...

obrigado!