16 de novembro de 2008

O meu amor bateu com a cabeça numa rocha.


O meu amor bateu com a cabeça numa rocha.

Era um amor de Rita, um desses amores grandes no momento, mas que se abatem com o passar das horas. Era, por aqueles dias, o seu amor, contudo. Numa rocha, talvez fosse metafórico. Paulo, astuto, perguntou: Então, o que se passou?

O meu amor bateu com a cabeça numa rocha. Rita repetiu a frase.

Paulo, silencioso, intimidou-a, forçando-a a desfazer-se em mais palavras.

Perdi-o e prefiro-o (saber) morto.

(Paula Rego, o fim da história)

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