23 de junho de 2010

Nunca ninguém teria verbalizado a sua dor como ela. Nunca num contexto social daqueles, entenda-se. Talvez na privacidade de um consultório de médico, ou ao melhor amigo numa final de uma noite longa, mas nunca assim. Eram onze horas da manhã e Rita confessava uma dor inesperada, porque não se esperam dores dessas de quem carrega sempre um sorriso na face. Doía-lhe a alma, num aperto cortante do coração. Frustrada. Desapontada. Desesperada. Num mundo alheio a todos os gritos do seu coração.

Não quero que me compreendas, apenas que mudes o mundo.

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