4 de fevereiro de 2016

hoje não há medo

hoje não há medo.
a chuva e o vento
que fustigam a janela
são apenas natureza.

a luz que se apaga
faz descer o escuro,
mas nada muda,
só a cor que vejo.

debaixo da cama,
atrás da porta,
e dentro dos armários,
não há senão objetos,
inanimados de dia,
inanimados de noite.

o frio que sinto
é apenas frio,
que se extingue
com um agasalho.

hoje tudo é simples,
esta razão é senhora,
o tempo é agora,
o lugar é só este.



Nenhum comentário: