hoje não há medo.
a chuva e o vento
que fustigam a janela
são apenas natureza.
a luz que se apaga
faz descer o escuro,
mas nada muda,
só a cor que vejo.
debaixo da cama,
atrás da porta,
e dentro dos armários,
não há senão objetos,
inanimados de dia,
inanimados de noite.
o frio que sinto
é apenas frio,
que se extingue
com um agasalho.
hoje tudo é simples,
esta razão é senhora,
o tempo é agora,
o lugar é só este.
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