Lembro-me de um tempo em que o sol se escondia com um sorriso, para dar lugar à lua que bailava cheia de promessas e ao sono
que vinha sem se pensar. Quando o sol regressava, fazia-o com o mesmo sorriso
com que partira e despertava para uma vida em que não se perguntava a razão do
acordar. Os dias eram dias, mas sempre superados por sonhos garantidos num futuro
desenhado a caneta permanente.
Lembro-me de acordar nesse futuro...
Agora,
há o aceitar,
e há o adiar.